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A vida é transformação, renovação, metamorfose!

Na sapateira os sapatos exaustos,

O mundo é o meu reflexo.
É um espelho em que logo que lhe aponto o dedo este vira-o para mim e sou eu agora o alvo apontado.

Tentei moldar a vida numa bonita escultura.

Que tenha sempre presente que hoje não é dia de ensaio geral.

Era grande a estranheza com que observava o nascer do sol, com toda a sua beleza, luz e paz. O mundo acorda e adormece com uma harmonia e serenidade imperturbáveis.

O ciclo repete-se. De novo as folhas verdes das árvores amarelecem, secam e caem. Nada nesta vida dura para sempre, tudo tem um nascimento ou inicio, um desenvolvimento ou crescimento e a decadência ou morte ou fim. Que tudo muda, que nada permanece são das maiores certezas que temos deste mundo.

Com um despertar sempre bem matutino, dou por mim abrir os olhos aos primeiros raios de sol que entram pela janela deste quarto centenário, de uma casa que tem o peso de muitos, muitos anos e que me fascina pela sua solidez, estabilidade, permanência...

Para mim os últimos dias não têm sido fáceis. Tempos em que todos os meus sentidos estão excessivamente voltados para fora, com tanto ruído, informação e desinformação e o encarar obrigatório da imprevisibilidade e mutabilidade da vida...